SEGUNDA MARCA: CONHECIMENTO
João 17
Este estudo é o segundo da série AS MARCAS DA IGREJA.
Introdução
Os cristãos devem ser marcados por um conhecimento próprio e especial da pessoa de Deus, de sua Palavra, de seu caráter: justiça e amor para com os seres humanos e para com este mundo.
O Mestre diz que o conhecimento de Deus é, em última análise, sinônimo de vida eterna: E a vida eterna é esta: Que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste (João 17:3). Nos versos 7 e 8 Jesus deixa claro que os discípulos sabem e verdadeiramente conheceram que saí de ti. Há várias implicações dessa relação de conhecimento especial que deve marcar a vida do cristão e a vida da Igreja.
1. A relação de conhecimento de que Jesus fala não se resolve em um padrão de conhecimento acadêmico, intelectual ou informativo. Esse padrão é insatisfatório porque se reduz a conceitos e pensamentos. Esse padrão do mundo não leva à conversão e transformação de vidas. O padrão meraamente intelectual demonstrado 'por Nicodemos em sua entrevista com Jesus (João 3: 1-21) é incapaz de gerar o novo nascimento, sem o qual é impossível entrar no Reino de Deus.
2. A relação de conhecimento de que Jesus fala é profunda e pessoal. Atinge o mais profundo do ser humano. Por essa mesma razão essa relação somente pode ocorrer pela intermediação e ação direta do Espírito Santo (João 16:8- 11).
3. A relação de conhecimento implica privilégios e compromissos. Sem dúvida é um privilégio estar nessa relação de conhecimento tão profundo e pessoal com relação a Deus, a Jesus Cristo e ao Espírito Santo. Temos acesso à sua revelação e passamos a entender coisas que a outros não fazem sentido. Jesus deixou claro aos seus discípulos que muitos iriam ver sem ver, iriam ouvir sem entender as palavras e sinais que ele realizou (Mateus 13: 13-15). Mas esse conhecimento implica também compromisso. O compromisso de viver de acordo com o caráter de Deus e de anunciar as grandezas daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Pedro 2:9).
4. Sendo conhecidos por Deus e conhecendo a ele dessa forma tão profunda e íntima devemos ter para com o mundo a mesma visão de compaixão, graça, misericórdia e amor que Ele demonstrou. Seu amor deve impulsionar-nos à realização de sua vontade em termos de missão para com um mundo carente e necessitado da manifestação dos filhos de Deus (Romanos 8: 19).
5. Conhecer a Deus como único Deus verdadeiro (verso 3) implica uma atitude de rejeição dos falsos deuses que se apresentam a nós todos os dias. Esses falsos deuses não nos apresentam necessariamente em termos de imagens de escultura conforme é muito comum pensar entre os cristãos. Os ídolos podem ser de metal ou podem ser mentais. Vivendo em uma sociedade de consumo como a nossa, é exatamente a relação de conhecimento íntimo com o Pai que pode nos salvar da renúncia à fé religiosa de irmos após deuses falsos e servirmos a valores que contrariam o caráter e os valores do Reino de Deus.
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