Primeiro de dez estudos sobre as marcas da igreja.
Intodução
Jesus deixa claro em sua oração (João 17:6) que os discípulos lhe pertencem de uma forma particular e profunda. Essa sem dúvida é uma afirmação que nos deve fazer pular de alegria! Pertencemos a Deus e, de forma particular; pertencemos a Jesus Cristo.
Somos propriedade dele. A partir dessa relação especial de propriedade é que se desenvolve o outro tipo de pertença social quando pessoas idênticas a nós se juntam e se reúnem em torno do mesmo centro, que é a pessoa de Jesus Cristo. Há implicações profundas desse aspecto, dessa marca, para a vida da Igreja.
1. O fato de pertencermos a Jesus indica a própria natureza da Igreja. Ela não é meramente o resultado dos esforços humanos. Sua origem última está no próprio coração de Deus. Ela se tornou visível historicamente pela primeira vez com o chamamento dos discípulos feito por Jesus Cristo. Hoje, a Igreja tem a sua existência devido à ação do Espírito que, cumprindo a função que lhe foi deixada por Jesus, de nos guiar a toda a verdade e de glorificar o Filho (João 16: 13-14) continua a sua obra agindo no coração das pessoas levando-as à conversão (João 16:8), e na vida da Igreja, formando o Corpo de Cristo através da ministração dos dons (I Coríntios 12-14). A Igreja, não se limita a ser apenas uma organização visível e localizada em determinado endereço. Ela pertence a Jesus e deve dar testemunho de sua' verdadeira natureza por meio de palavras, sinais e ações.
2. Essa qualidade de pertença ao Senhor Jesus deve indicar a fonte de autoridade da Igreja em sua missão. A autoridade da Igreja é' a autoridade do próprio Senhor Jesus. Conseqüentemente a Igreja não deve temer Satanás e os seus anjos, que estão sempre por perto procurando atrapalhar os caminhos dos servos de Deus. Com relação ao reino das trevas a Igreja deve sempre exercer a autoridade que lhe foi dada pelo próprio Senhor Jesus repreendendo as forças do mal em todas as suas formas e manifestações com o poder e na autoridade de que foi revestida pelo Filho de Deus.
3. Uma outra implicação de pertencermos a Jesus é o dever de obediência. Se somos dele devemos obedecer à sua voz. Isso implica guardarmos os mandamentos que Ele nos deixou (João 14:21). Isso tem a ver com nossa maneira de viver. Tem a ver, também, com as estruturas e formas de governo da Igreja. Seja no que for a Igreja deve procurar sempre obedecer ao Senhor Jesus.
4. As palavras de Jesus implicam um estado de guerra constante entre a sua Igreja e o mundo. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste (verso 6). A igreja vive e proclama a realidade de um outro reino, o Reino de Deus. Os que abraçaram a verdade de Deus revelada em Cristo não mais se satisfazem .. com as ilusões com que o príncipe das trevas encanta e aprisiona aqueles que ainda não conhecem a verdade. Nos versos 11 e 15 - Jesus deixa claro que o conflito é inevitável. Os valores dos filhos de Deus, os valores abraçados pela Igreja, não são compatíveis com os valores deste mundo. A Igreja, neste sentido, transforma-se num laboratório onde os cristãos podem exercitar os valores do Reino a fim de vivenciá-Ios na sua vida no mundo.
Conclusão
É bom sabermos que pertencemos a Jesus! Sabermos que Jesus se alegrou por este fato de sermos dele. Devemos ser possuídos, também, por uma tremenda alegria pelo fato de pertencermos a Jesus!
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